terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Soneto de Roma

Esbravejo-te com voz impostada,
filho distante de Vênus – cortado
do ventre –, à tua íris 'cinzentada
imploro que me faça por mandato

tua amante. Rogando por asilo
à escuridão do teu corpo, m’entrego,
confesso, assino, delato e fuzilo
os patrícios; e ainda me nego

a reconhecer que, por mais machista
e selvagem, não fui considerada
bárbara o bastante para a conquista

(ao contrário de Roma, teu amor,
eu nunca cheguei a ser usurpada
por teu impulso civilizador.)

5 comentários:

  1. eu conheço o soneto e sua melodia, alias opinei na levada, ficou lindo, já ouviu? Muito lindo mesmo, adorei este negocio de invasões barbaras e amantes, hhahahahhaaha, tudo faz sentido!Beijos e apareça1

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  2. Gente... eu sei que é muito egocentrismo... mas eu li como se fosse pra mim! E eu AMEI!!!

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  3. "do you know who i am? i'm a fuckin' ROMAN!"

    amei o soneto, Luizza, que maravilha visitar o seu blog e encontrar ele por aqui!

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